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Num digestivo passeio pela floresta, um lobo muito convencido resolve perguntar a quem com ele se cruza o que pensam dele. É então que, seguindo uma estrutura acumulativa, surgem várias personagens dos contos tradicionais (um coelho, o Capuchinho Vermelho, os Três Porquinhos, e os Sete Anões – atente-se, aqui, na piscadela de olho ao leitor, pela estranheza da associação proposta) que, para se protegerem do irascível predador, o reconfortam e enaltecem a sua narcísica convicção, dizendo-lhe tudo aquilo que esperava ouvir: que é ele o mais forte! A reviravolta instaura-se e a sua vida vacila, precisamente quando, apesar da sua inferioridade, uma pequena criatura, “uma espécie de sapo”, ousa contestar a sua superioridade universal e declarar que a mais forte é a sua mãe! Num desfecho que acaba por inverter as expectativas do leitor – e apenas reconhecível na simbiose entre as duas narrativas, visual e textual –, este é um livro que abre o debate sobre as relações de poder entre os indivíduos. A componente verbal, caracterizada pela brevidade e coloquialidade do discurso, alia-se a um conjunto de imagens, inconfundíveis do panorama ilustrativo do duplo autor, pela sua pluralidade cromática e pela expressividade do traço que, para além de a complementarem, alargam o seu sentido, espelhando de forma clara as personagens e os cenários centrais, e facilitando, deste modo, o processo de identificação dos leitores. | Carina Rodrigues
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Título C’est moi le plus fort | Autor(es) Mario Ramos, Mario Ramos (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora L’École des loisirs | Local Paris | Data de edição 2007 | Data da edição original 2002 | Área Temática Tradição, Lobo, Humor, Intertextualidade | ISBN 978-2-211-06905-2 | Colecção Pastel Lutin Poche | |
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