MANUEL ANTÓNIO PINA
Tem viajado pelos países da escrita recolhendo com constância extraordinárias experiências: como jornalista e cronista mantém aceso um olhar crítico sobre a actualidade, no Jornal de Notícias e na revista Visão ; como poeta vem criando, desde 1974, um universo pessoal que explodiu, em 2003, em título que revela bem a sua paixão: Os Livros ; na prosa inventou novos rumos e explicações para a História, nem mais nem menos, em Os Papéis de K. ; além do teatro pratica ainda a difícil arte da originalidade na literatura para a infância e juventude. Para convocar o grande circo da invenção, do encantamento pela palavra, da imaginação sensível e aventurosa basta citar duas de entre as mais de três dezenas de obras: O Inventão e Gigões & Anantes . |
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NOVE LIVROS MAIS UM
Em casa de meus pais não havia livros. Ou melhor, havia apenas um ou outro (dois, acho eu) de literatura cor-de-rosa, ou lá que cor é, de Delly, uma Vida sexual de Egas Moniz, um estudo, julgo que (mas não tenho a certeza) também de Egas Moniz sobre Júlio Dinis, uma monografia do Sabugal e mais um ou outro de que já não me lembro, além da Estilística da Língua Portuguesa , de Rodrigues Lapa, que era conhecido de meu pai e lha dedicara e oferecera. Uns mais tarde outros mais cedo, li-os todos, claro, e com particular emoção a Vida Sexual e a Estilística , que ainda devo ter algures por aí, juntamente com a monografia do Sabugal. |