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A fábula A História da Aranha Leopoldina (2000), de Ana Luísa Amaral, construída sob a forma de uma narrativa versificada, questiona os “papéis” socialmente pré-determinados e pré-estabelecidos, pondo em acção uma personagem-heroína que contraria as regras sociais e familiares e assume a sua diferença. A intriga resolve-se de forma positiva pela aceitação da diferença da protagonista, que acaba por ser valorizada e exaltada. A estranheza da heroína define a sua singularidade enquanto personagem que foge a comportamentos tipificados e próprios da sua espécie. Assim, para além da recusa em “fazer teia” e da substituição desta actividade pela de “fazer meia”, ocorre, ainda, uma alteração ao nível dos hábitos alimentares característicos das aranhas. A opção por ser vegetariana também a distingue das outras da mesma espécie, causando a incompreensão da mãe, da família e das amigas em relação ao seu comportamento. A conclusão do trabalho “escondido”, que encerra a narrativa, altera profundamente a imagem da aranha Leopoldina junto do grupo a que pertence, deixando de ser alvo de críticas e passando a receber elogios. | Ana Margarida Ramos
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Título História da Aranha Leopoldina | Autor(es) Ana Luísa Amaral, Elsa Navarro (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Campo das Letras | Local Porto | Data de edição 2000 | Data da edição original 2000 | Área Temática Natal, Animais, Diferença, Tolerância, Afectos | ISBN 972-610-318-5 | |
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