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Dois anos depois da publicação de Hipólito, o Filantropo, Eric Many volta a surpreender-nos com uma narrativa onde as aparentemente simples aventuras dos animais que protagonizam a história servem de pretexto a uma reflexão de cariz metalinguístico e metaliterário sobre o significado e o valor das palavras e a funcionalidade da poesia e da literatura. A veia poética de Romeu, um facochero (espécie prima do javali), e a sua dificuldade em encontrar uma rima em particular, são o ponto de partida para uma intriga que vai envolver toda a floresta, criando divertidos mal-entendidos, e pondo à prova a união e o espírito de grupo dos animais.
As ilustrações, na mesma linha do livro anterior, exploram com especial expressividade as potencialidades dos jogos gráficos, com particular destaque para o contraste cromático, o relevo dos elementos figurativos face aos fundos e ambientes, as sugestões de acção, movimento e dinamismo e a promoção de uma leitura humorística. Do ponto de vista da mancha gráfica, assiste-se, igualmente, a um jogo com os caracteres seleccionados, tanto do ponto de vista do tamanho, como da expressividade, através do recurso a muitas variações. | Ana Margarida Ramos
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Título A rima do Romeu | Autor(es) Eric Many, Eric Many (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Afrontamento | Local Porto | Data de edição 2008 | Área Temática Animais, Poesia, Linguagem, Humor | ISBN 978-972-36-0952-3 | Colecção Tretas e letras | |
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