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Nestes oito textos, ora em prosa ora em verso, que aproveitam a fórmula tradicional de abertura dos contos populares/infantis Era uma vez..., Papiniano Carlos faz da natureza, como é seu timbre, a grande protagonista. Os animais evoluem aqui em íntima interacção com as pessoas, mais especificamente com as crianças: um Galo Pedrês, certo como um relógio, que só canta na sua própria casa; um grilo, que é oferecido por Aníbal ao seu médico em sinal de gratidão; um pardalito, que entra na escola do Zé, causando uma grande algazarra; e, ainda, o gato Kiki, que é um “futre-gato”, um “gato maradona”. Um elemento cósmico de relevância é o Sol, que surge, diversas vezes, personificado e repleto de boa disposição. O discurso desta obra possui notória vivacidade, resultante de um registo alicerçado em estruturas repetitivas e em sugestões visuais e auditivas (por exemplo, as onomatopeias a representar o canto do Galo Pedrês). Constata-se a recuperação de expressões próprias de registos de língua próximos quer do popular quer do familiar, bem como de realidades lúdicas do mundo infantil, hoje quase esquecidas. É o caso, por exemplo, do jogo do pião.
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Título Era uma vez... | Autor(es) Papiniano Carlos, Simona Traina (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Campo das Letras | Local Porto | Data de edição 2001 | Área Temática Natureza, Infância, Animais, Afectos | ISBN 972-610-467-X | Colecção Palmo e Meio | |
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