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Mais do que uma obra para crianças ou adolescentes, Para o Meio da Rua apresenta-se como o retrato de uma certa experiência de vida, pelo menos parcialmente inspirada, segundo a autora, na sua própria infância. Esta circunstância aproxima a obra do género das memórias, evocando uma vivência cuja caracterização remete para um tempo passado, reconstruído pela memória subjectiva e, em muitos aspectos, distinto da realidade actual. Circulando a intriga em torno do núcleo familiar e das relações próximas de duas crianças ainda pequenas, a verdade é que a progressão da acção, narrada num estilo que sugere mais do que revela, implica uma complexa rede de motivações que ultrapassa o âmbito da experiência e da compreensão infantis. Os episódios relacionados com as crianças estão sempre condicionados pela presença próxima dos adultos, e pelas tensões que entre eles se estabelecem. Por outro lado, a própria existência de protagonistas infantis parece excluir esta narrativa dos interesses comuns aos leitores juvenis. Em suma, a perspectiva escolhida sugere a construção de um leitor implícito para quem a infância é já uma memória, ideia aliás reforçada pelo paratexto que encerra a obra. | Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da Silva


Título Para o Meio da Rua | Autor(es) Ana Saldanha | Tipo de documento Livro | Editora Caminho | Local Lisboa | Data de edição 2000 | Área Temática Infância, Família, Sociedade, Memória | ISBN 972-21-1338-0 | Colecção Livros do Dia e da Noite |
   
 
 
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