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A janela indiscreta. Apontamentos sobre A Que Sabe a Lua?, de Michael Grejniec
Maria Goreti Torres
Uma parte significativa do mercado dos livros destinados à infância é formada pelos álbuns narrativos dedicados aos primeiros leitores. Apesar da sua presença notória, esta produção editorial constitui um fenómeno relativamente recente no território português, cuja principal fonte é a importação / tradução de obras previamente editadas. Um exemplo a destacar neste universo, pela sua apreciável mestria nos procedimentos de associação entre as linguagens verbal e visual, é a colecção Livros para Sonhar, da editora Kalandraka. Esta editora espanhola tem vindo a apresentar objectos estéticos diversificados, através do recurso a técnicas e a abordagens diferenciadas, fazendo com que muitas das suas edições possam ser encaradas como verdadeiros “livros de artista” (Perrot, 2003: 33), capazes de perseguir o desenvolvimento do sentido artístico e literário dos seus destinatários. Parece, pois, oportuno reclamar para esta intervenção um título desta colecção – A Que Sabe a Lua? –, escrito e ilustrado por Michael Grejniec, no qual se vislumbra um inusitado diálogo intersemiótico entre os códigos pictórico e verbal, diálogo esse que será particularmente valorizado neste ensaio. VER DOCUMENTO EM BAIXO
Áreas Temáticas: Literatura para a infância e a juventude
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